A presente pesquisa objetiva analisar a violência letal do Estado motivada por aspectos raciais, assim como as consequências do racismo estrutural, nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, durante a Ditadura Civil-Militar e no período Pós-Redemocratização (1968-2020). À luz das contribuições de Achille Mbembe (2016) e Michel Foucault (1988; 2005) sobre a necro e a biopolítica, pretende-se estabelecer um paralelo entre a ideia de branqueamento da sociedade brasileira no século XIX e o genocídio negro, com base em dados estatísticos sobre a violência letal, encarceramento em massa e precariedade social. Além disso, este estudo busca oferecer alternativas para que temas polêmicos, como a violência racial exercida pela polícia brasileira, possam ser abordados em sala de aula, a fim de promover uma educação voltada para o reconhecimento do racismo na sociedade, respeito e luta pelo pleno exercício dos direitos humanos a todos os povos. Como esta dissertação faz parte do mestrado profissional (Profhistória), ao final de cada capítulo são apresentadas duas sequências didáticas com os temas abordados ao longo da dissertação: escravidão, embranquecimento da população através da miscigenação, genocídio negro e violência racial na ditadura civil-militar e na democracia, com sugestões de atividades voltadas aos estudantes do 9º ano. As atividades propostas podem ser aplicadas separadamente ou em uma única aula, utilizando para isso o método de rotação por estações de aprendizagem. Neste caso, o professor poderá, pensando no perfil da turma, estabelecer o tempo de cada grupo nas respectivas estações.